Por ai...
domingo, 6 de novembro de 2011
Ser mochileiro
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Aquele Momento.
"Há momentos, e você chega a esses momentos, em que de repente o tempo pára e acontece a eternidade." (Fiodor Dostoievisk)
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Viagem intima.- Novos lugares
quinta-feira, 10 de março de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Cheguei...
Entao.. Finalmente em solo Irlandes
Depois de muita, mais muita, mais muita confusão, chegamos vivos. Salvos não!
Pra quem não sabe, eu iria viajar no meio do ano pra Dublin, só que um amigo resolveu ir também, mas somente podendo embarcar em dezembro, sendo assim, para não ir sozinho e ter cia, resolvi esperar.
Sendo assim, resolvemos todas as burocracias envolvidas, e na hora de comprar a passagem, a única solicitação que fizemos foi para não passarmos por Londres. Pois diz a lenda que é o lugar mais complicado de passar, pelo fato da imigração ser muito exigente, fazendo um `senhor` questionário.
Tanto eu como ele, não sabemos NADA, de inglês, NADA MESMO!!
Com tudo, os dias foram se passando e tudo certo, até que...
Até que, dia 16dez, as 11h me liga uma mulher, falando tudo em inglês e tentando me explicar alguma coisa. Como não sei nada, fiquei falando... Yes...yes...yes... até que a mulher disse: by by!
Não entendi nada...e dei uma ignorada, pois já estava a caminho do aeroporto. Nosso vôo saia às 15h de Confins.
Quando cheguei, ai sim... ai o bicho começou a pegar. Mudaram nosso vôo todo!
Primeiro:
Compramos o vôo pela empresa KLM; mas fomos por 3 empresas diferentes, a KLM transferiu nosso vôo para TAM- BRIGTH- AIR LINGUS.
Segundo:
Nosso vôo passava por Amsterdan- Holanda; mas fomos por Londres- Inglaterra.
Terceiro:
O tempo de conexão de um vôo para o outro, diminui absurdamente.
Pra quem sabe inglês, talvez não seja tão difícil, mas pra quem não sabe nada... complica um pouco!
Bem, sabendo disso, o que era pra ser uma despedida triste no aeroporto, com meus familiares chorando, se transformou em um filme de suspense ...
Continua...
domingo, 5 de dezembro de 2010
Inhotim
Hoje irei falar de Inhotim . Alguém conhece?
Muitas vezes só damos valor ao que esta fora, e esquecemos primeiro de olhar em volta, percebermos as nossas riquezas.
Quem já foi não me deixa mentir. Sabe que é um lugar magnífico, com um visual deslumbrante, que estabelece uma relação bem particular entre arte contemporânea e Natureza, contemplando um lindo Jardim botânico, considerado um dos maiores acervos de espécies vegetais do Brasil.
Nesta visita, fomos orientados por monitores que o parque oferece, através de visitas orientadas. E assim começamos nossa visita ao parque.
A principio, a monitora nos contou um pouquinho da historia do parque e nos perguntou por que Inhotim era considerado um Jardim Botânico e o jardim da nossa casa não? Rsrsr estranho né.
Enfim, a resposta é o fato de Inhotim ter um gigantesco numero de espécies, ter um grande trabalho cientifico envolvido em cada espécie, o trabalho que é realizado com publico, etc.
Outra coisa interessante foi a origem do nome Inhotim. Antigamente o Parque de hoje, era uma área de mineração, e normalmente uma área assim, leva o nome do responsável. E o responsável por ela era um inglês que chamava Timot. Sendo assim, essa região ficou conhecida como a área do “Senhor Timot”....... “SenhoTimoti” ....... ”Simotim” ................ Inhotim!
Eita... Que beleza!!! Típico de mineiro mesmo, economizando e comendo as palavras. O nome foi se adaptando a fala e pronto,INHOTIM.
Depois que acabou essa mineração, o bairro rural que se instalou , foi conhecido como INHOTIM, e daí que veio a origem no nome.
Neste bairro, tinha uma fazenda muito grande, que foi adquirida pela família Paz, e essa família, foi comprando mais terras em volta, aumentando a propriedade. Um dos integrantes da família, Rodrigo Paz, em meados dos anos 80, foi o idealizador de Inhotim. Em 1984, o local recebeu a visita do renomado paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações.
Algumas outras obras:
Depois disso, andamos um pouco, e os monitores nos levaram uma arvore que é considerada um ponto de referencia no parque. Quando vamos chegando perto, nos sentimos literalmente abraçados por ela de tão imponente e majestosa.
Não sei muito sobre espécie de plantas, mas tive que da uma procurada pra saber mais a respeito sobre ela. Pra quem não conhece, essa menina ai do lado é da espécie Tamboril, uma arvore de origem brasileira, sem cheiro, de cerne marrom-claro a cinza-rosado, típica das matas da região do Pará, Amazonas e Mato Grosso.
É serio... Alguém acredita que ela tem só 90anos? Serio mesmo... Não tem base.Mas o que acontece é que alem do crescimento rápido da espécie, podendo chegar a mais de quatro metros em dois anos, especificamente, em Inhotim ela é a única dessa espécie, não tendo nenhuma outra arvore de seu porte competindo com ela, diferentemente se estivesse na mata atlântica. E assim, ela acaba pegando toda luz, água e umidade só pra ela.
Bem, outro lugar que me chamou muita atenção, foi um espaço onde ficam 3 fuscas, Jarbas..., o interessante, é o fato de o espaço ao redor, estabelecer uma conversa com a obra, interagindo também com o clima, pois a intenção da obra é deixar se levar pelo tempo.
A obra foi uma performance, ele foi convidado pra expor em Curitiba, mas ele mora no Rio de Janeiro, então, ele convidou mais 2 amigos pra ir com ele no fusca até Curitiba.
No inicio da viagem, os carros ainda estavam inteiros, mas a cada cidade que eles paravam, eles trocavam uma peça do carro um com o outro, trocando informações com os moradores das cidades em que eles passavam e por isso foi dado o nome da obra de TROCA TROCA.
Apesar das peças serem trocadas, da pra entender que aquilo ali é um fusca!
E essa é a intenção do autor, criar um paradoxo quanto a isso. Tanto que em cada carro, tem uma frase com a ordem das palavras trocadas.
É complicado tentar resumir Inhotim em pequenas linhas. Como dizia Clarice Lispector, "Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."
E é nesse pensamento Lispectoriano que acredito ser preciso para entender Inhotim, sendo uma questão de sentir... ou toca, ou não toca!!
http://www.portaldebrumadinho.com.br/caci.asp
http://www.viaggio-mondo.com/2008/09/belezas-de-minas-gerais-inhotim.html
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
"Sentidos Urbanos" em Ouro Preto
Palco da Inconfidência Mineira e da corrida do ouro, a cidade, que antes era chamada de Vila Rica, guarda muitas riquezas que não se restringem apenas às dezenas de igrejas cobertas de ouro e pedras preciosas.
Percebendo detalhes como as textura das paredes, o cheiro dos becos e córregos, o som das ruas, arquitetura das casas, igrejas e monumentos que fizemos um passeio pela cidade, através dos “Sentidos Urbanos.”
Alguem já passou por essa experiência? Vocês conhecem alguma outra cidade que tenha algo parecido?
Achei essa idéia genial... muitas vezes pela correria do dia a dia, pela maratona que temos que fazer pra conseguir sobreviver na semana, não percebemos as maravilhas que podem nos rodear. Digo maravilha, não me referindo a gigantesca obras da engenharia humana, mas sim, me referindo a uma fruição estética e sensibilização para o universo das artes, o (re)conhecimento e apreciação da cultura local. Isso tudo com o intuito de olhar com outros olhos o mesmo local.
Nesse mesmo sentido é que acredito que muitos intercambistas voltam pra casa, com olhares totalmente diferentes. Às vezes pelo fato de viver sozinho, de ter literalmente virar dono do seu próprio caminho, ou sei lá, o fato de apenas perceber o valor que as coisas que “julgávamos” ser pequenas, muitas vezes são MAIORES do que imaginávamos.
Neste roteiro que fizemos, começamos da Igreja de Nossa Senhora do Rosário que foi construída e freqüentada pelos escravos em 1765.
A igreja do Rosário chama a atenção pelas linhas curvas, incomuns no barroco mineiro.
Quando demos inicio ao roteiro, cada integrante do grupo falou com uma palavra o que ouro preto lhe transmitia. E o que eu disse??? Hein??
Misteriosaa.... Acredito que essa é a melhor palavra pra resumir essa cidade, cercada de “causos” do povo. Depois dessas definições pessoais, fechamos os olhos, e tentamos escutar e sentir a cidade.
Pensa bem.... igreja totalmente construída por escravos. Nos fundos, o espaço que hoje tem, era usado para comerciantes, na venda dos coitadinhos. Imagina quanto choro, quanto medo, quanta confusão não deve ter acontecido. Parece até mentira o que vou falar. Mas de verdade, ouro preto tem um ar pesado, meio triste, mas esperançoso. Só quem já foi pode falar, ainda mais analisando a cidade em mínimos detalhes.
Você sabia que antigamente, o numero de janelas nas casas, era sinal de riqueza?
Rege a lenda que muitos senhores, mandavam construir janelas, mesmo que não tivessem utilidade, só para ostentarem riqueza.
Mas enfim, depois de tantas histórias, terminamos o roteiro na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Ela foi erguida durante o Ciclo do Ouro em torno de uma capela. Dizem por ai, que esta igreja foi a mais rica e populosa de Vila Rica, tendo em sua arquitetura uma concepção de linhas retas que não pode ser remetida ao barroco, sendo sua contrução disposta em cruz latina.
Recomendo a todo mundo fazer esse roteiro, mesmo que nao seja em ouro preto. Pode ser em qualquer lugar. É só aumentarmos um pouco a percepçao e começarmos a explorar nossos caminhos cotidianos, atravez de uma maior consciencia temporal e espacial.
Não importa onde estivermos, seja na Irlanda ou no Brasil, no polo sul ou no polo norte, para percebemos o grande valor escondido em qualquer coisa que possamos ver. Só basta aguçarmos os olvidos, deixarmos o tato afinado, e o olfato no alerta...Dando novos sentidos as situações que nos rodeiam....
SÓ BASTA MUDAR A FORMA DE OLHAR...