domingo, 5 de dezembro de 2010

Inhotim

INHOTIM

Hoje irei falar de Inhotim . Alguém conhece?


Muitas vezes só damos valor ao que esta fora, e esquecemos primeiro de olhar em volta, percebermos as nossas riquezas.

Quem já foi não me deixa mentir. Sabe que é um lugar magnífico, com um visual deslumbrante, que estabelece uma relação bem particular entre arte contemporânea e Natureza, contemplando um lindo Jardim botânico, considerado um dos maiores acervos de espécies vegetais do Brasil.

Nesta visita, fomos orientados por monitores que o parque oferece, através de visitas orientadas. E assim começamos nossa visita ao parque.


A principio, a monitora nos contou um pouquinho da historia do parque e nos perguntou por que Inhotim era considerado um Jardim Botânico e o jardim da nossa casa não? Rsrsr estranho né.


Enfim, a resposta é o fato de Inhotim ter um gigantesco numero de espécies, ter um grande trabalho cientifico envolvido em cada espécie, o trabalho que é realizado com publico, etc.


Outra coisa interessante foi a origem do nome Inhotim. Antigamente o Parque de hoje, era uma área de mineração, e normalmente uma área assim, leva o nome do responsável. E o responsável por ela era um inglês que chamava Timot. Sendo assim, essa região ficou conhecida como a área do “Senhor Timot”....... “SenhoTimoti” ....... ”Simotim” ................ Inhotim!


Eita... Que beleza!!! Típico de mineiro mesmo, economizando e comendo as palavras. O nome foi se adaptando a fala e pronto,INHOTIM.

Depois que acabou essa mineração, o bairro rural que se instalou , foi conhecido como INHOTIM, e daí que veio a origem no nome.

Neste bairro, tinha uma fazenda muito grande, que foi adquirida pela família Paz, e essa família, foi comprando mais terras em volta, aumentando a propriedade. Um dos integrantes da família, Rodrigo Paz, em meados dos anos 80, foi o idealizador de Inhotim. Em 1984, o local recebeu a visita do renomado paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações.


Algumas outras obras:



A Bola Branca- Olafur Eliasson








Narcissus Garden, Yayoi Kusama Cosmococa, de Helio Oiticica e Neveille d'Almeida

Depois disso, andamos um pouco, e os monitores nos levaram uma arvore que é considerada um ponto de referencia no parque. Quando vamos chegando perto, nos sentimos literalmente abraçados por ela de tão imponente e majestosa.

Não sei muito sobre espécie de plantas, mas tive que da uma procurada pra saber mais a respeito sobre ela. Pra quem não conhece, essa menina ai do lado é da espécie Tamboril, uma arvore de origem brasileira, sem cheiro, de cerne marrom-claro a cinza-rosado, típica das matas da região do Pará, Amazonas e Mato Grosso.

É serio... Alguém acredita que ela tem só 90anos? Serio mesmo... Não tem base.

Mas o que acontece é que alem do crescimento rápido da espécie, podendo chegar a mais de quatro metros em dois anos, especificamente, em Inhotim ela é a única dessa espécie, não tendo nenhuma outra arvore de seu porte competindo com ela, diferentemente se estivesse na mata atlântica. E assim, ela acaba pegando toda luz, água e umidade só pra ela.

Bem, outro lugar que me chamou muita atenção, foi um espaço onde ficam 3 fuscas, Jarbas..., o interessante, é o fato de o espaço ao redor, estabelecer uma conversa com a obra, interagindo também com o clima, pois a intenção da obra é deixar se levar pelo tempo.







A obra foi uma performance, ele foi convidado pra expor em Curitiba, mas ele mora no Rio de Janeiro, então, ele convidou mais 2 amigos pra ir com ele no fusca até Curitiba.



No inicio da viagem, os carros ainda estavam inteiros, mas a cada cidade que eles paravam, eles trocavam uma peça do carro um com o outro, trocando informações com os moradores das cidades em que eles passavam e por isso foi dado o nome da obra de TROCA TROCA.



Apesar das peças serem trocadas, da pra entender que aquilo ali é um fusca!


E essa é a intenção do autor, criar um paradoxo quanto a isso. Tanto que em cada carro, tem uma frase com a ordem das palavras trocadas.

É complicado tentar resumir Inhotim em pequenas linhas. Como dizia Clarice Lispector, "Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."

E é nesse pensamento Lispectoriano que acredito ser preciso para entender Inhotim, sendo uma questão de sentir... ou toca, ou não toca!!


Fontes:

http://www.portaldebrumadinho.com.br/caci.asp


http://www.viaggio-mondo.com/2008/09/belezas-de-minas-gerais-inhotim.html

http://inhotim.blogspot.com/